terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Acompanhantes Florianópolis

Acompanhantes Florianopolis:

Quando eu tinha uns 14, 15 anos, lembro que comprei, numa excursão para a Bienal de SP, um livro pequeninho, de capa preta, que era a grande novidade do momento e que todo mundo quis dar uma folheada enquanto a gente retornava para casa: O Doce Veneno do Escorpião, a famigerada história 

Foi uma viagem cheia de trechos lidos em voz alta, numa espécie de catarse coletiva. Que por sinal, durou vários dias, em que tive que continuar levando o livrinho para escola porque todos queriam emprestado. Essa reação toda era muito divertida porque nós parecíamos estar tendo contato com uma coisa proibida, e que de certa forma, estava sendo tratada dessa maneira pelos “mais velhos” ao nosso redor – a quantidade vezes quase tive o livro “confiscado”… vish – e, bem, porque muitos de nós nunca tínhamos lido sobre sexo de forma tão franca. Bruna tirou a virgindade de muita gente nesse sentido também, se é que me entende.
Essas situações – tanto o frenesi amalucado da galera quanto a sensação de “olhar pelo buraco da fechadura” que o livro traz, aliado ao fator fetiche – definem bem o motivo de seu sucesso, que parece ter sido refletida em todo o país, que correu para as livrarias. Sem mencionar a polêmica da patrulha da ~moral e dos bons costumes~ e de quem apontava a pobreza da obra, que serviu para alavancá-la ainda mais. Mas alheio ao buzz, o que resta de O Doce Veneno do Escorpião?
Uma coisa é fato: é difícil largar o livro, uma vez que você começa a lê-lo. O jornalista Jorge

 
Acompanhantes Florianopolis, SC